Mais do que nunca, as candidaturas evangélicas se tornam destaque no pleito eleitoral de 2020.

 

 

N° 05/20

Cristofobia

O primeiro turno das eleições municipais desse fatídico ano foi adiada para novembro. Mais do que nunca, as candidaturas evangélicas se tornam destaque nessa disputa.

A jornalista Magali Cunha disse em suas redes sociais que a Cristofobia é o novo kit gay dessas eleições. Como trouxemos nas últimas notícias do mundo evangélico de Setembro, o discurso de Bolsonaro na ONU sobre o termo tem ecoado na direita evangélica, sendo usado de forma oportunista e descontextualizada.

No último mês, duas igrejas católicas foram incendiadas. Utilizando-se desse fato, Bolsonaro voltou a falar de Cristofobia um dia após o incêndio, afirmando em seu Twitter que o crime foi realizado por grupos de esquerda.

O incêndio das igrejas foi o gatilho para que jornais mais conservadores acusassem a esquerda como, historicamente, inimiga do Cristianismo, muitas vezes embasados em fatos pontuais e descontextualizados. Aproveitaram para acusar de forma aleatória o governo cubano de perseguir grupos religiosos e demolir os locais de cultos das igrejas protestantes.

Neste contexto, alguns meios de comunicação têm buscado refletir sobre o uso do termo nesse momento de disputa eleitoral. A Folha de São Paulo trouxe um matéria com informações sobre a intolerância religiosa no Brasil e a falácia usada pela direita em construir a narrativa da cristofobia no caso brasileiro, para apartar ainda mais a base evangélica das candidaturas de esquerda. Sobre os dados, a matéria alerta que desde 2003, 30% das ocorrências de intolerância religiosa é sofrida por religiões de matriz africana e só 4,5% por evangélicos. Essa narrativa corrobora com a tática do fundamentalismo religioso na construção do inimigo: a esquerda vai tirar a fé de vocês.

Esse debate não é novo; há muito tempo ele é construído de forma totalmente desconectada com a história da América Latina, como se houvesse uma impossibilidade da fé cristã caminhar de forma conjunta com a esquerda.

 

Eleições

Como é típico do mês que antecede as eleições, o assunto em outubro dos diversos campos políticos foi sobre quem votar. É notória a necessidade de considerarmos o mundo evangélico nesse debate, como nos alerta André Ricardo de Souza, coordenador do Núcleo de Estudos de Religião, Economia e Política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “Parte dos eleitores leva a religião em consideração na hora de votar, principalmente em candidatos vinculados às igrejas”, afirma o professor.

O avanço dos evangélicos na população brasileira tem reflexo no cenário político. Para as eleições de 2020, houve um aumento de 34% no registro de candidatos que utilizam a designação de pastores e pastoras no nome que aparecerá nas urnas, incluindo siglas e abreviações. São 4.915 inscrições que fazem referência exclusivamente ao cristianismo evangélico, quase metade das 11.059 candidaturas explicitamente ligadas à religião. No pleito municipal deste ano, os candidatos religiosos cresceram 26% em comparação a 2016, que somavam 8.783.

Dessa forma, vale a máxima das eleições: quanto mais visibilidade e dinheiro, mais chances de serem eleitos. Com o apoio das igrejas, muitos candidatos evangélicos devem se sair melhor do que aqueles que não tem uma instituição por trás de sua candidatura.

Também vale destacar a matéria que aponta que religiosos apoiam candidatos ligados à segurança pública. Essas candidaturas se dialogam pelo fato de evangélicos e militares terem pautas convergentes, como a defesa dos valores da família e o conservadorismo. Isso nos leva a observar o resultado dessas eleições não apenas olhando para o sucesso dos evangélicos no pleito, mas também para candidaturas que não estão diretamente ligadas a esse espectro.

Na cidade de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, os candidatos à prefeito seguem disputando a base evangélica a qualquer custo. A briga por esse público, que costuma representar cerca de 30% dos eleitores, envolverá doses de visitas às igrejas, ajuda de vereadores e encontro com líderes religiosos. Enquanto Celso Russomano (Republicanos) tem o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) – a maior denominação entre as denominações neopentecostais -, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) ganha terreno entre as igrejas concorrentes. Já Márcio França (PSB) e Jair Tatto (PT), que não contam com o apoio de líderes evangélicos, buscam sustentação no público das igrejas; os candidatos apostam na campanha com as bases e na mudança de seus discursos para avançarem nas eleições (incorporando uma fala “mais evangélica”).

No caso da cidade do Rio de Janeiro, o voto evangélico está mais pulverizado e líderes têm evitado declarar apoio com receio da discussão sobre abuso de poder religioso. O fim da coligação proporcional pressiona os partidos a terem nominatas de vereadores mais amplas.

O atual prefeito da cidade fluminense Marcelo Crivella (Republicanos), candidato de Edir Macedo (IURD), conta com apoio da rede Record com mensagens subliminares nas propagandas em que se reforça o número 10 (legenda do partido de Crivella). Por lei, as emissoras são proibidas de apoiarem candidatos e fazerem qualquer tipo de campanha em suas redes. A irregularidade foi alvo na Justiça e o Ministério Público Eleitoral intimou Crivella e proibiu a Record de fazer ‘propaganda subliminar’. A emissora nega.

Paralelamente, o candidato tem apostado na aproximação com Bolsonaro para sua reeleição. Em 2014, ele se aproximou de Dilma, mas logo depois apoiou o golpe. Atualmente, o atual prefeito tem apoiado pautas mais “bolsonaristas” como o “kit gay”. É notório que as candidaturas evangélicas mais conservadoras “dançam conforme a música” na disputa eleitoral. Ainda que se sintam mais à vontade em apoiar partidos conservadores ao dialogarem com suas pautas morais, não teriam problemas em buscar apoios ‘à esquerda” caso fosse conveniente.

No momento em que a bola segue com a extrema direita, as lideranças evangélicas reforçam a narrativa da Cristofobia. O deputado Marco Feliciano (PSC) lançou a campanha “Cristão não vota no PT-PcdoB-PSOL”. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Feliciano exemplifica sua ideia: “‘Ah, pastor, mas o meu irmão, o irmão da minha igreja foi pra lá porque deram legenda pra ele’. Não vote nele. ‘Ele tá lá dentro, é um infiltrado, vai nos ajudar’. Não vai. Eles não concordam com o pensamento cristão”, afirma.

Já a estratégia da ministra Damares, como sempre muito atenta, tem sido mirar conselhos tutelares como bases eleitorais para as candidaturas evangélicas. Nas últimas eleições para conselheiros tutelares, houve uma grande repercussão sobre o empenho do campo evangélico em garantir conselheiros integrantes das igrejas. Apesar da maior repercussão, esse não é um fato novo. Membros das igrejas evangélicas sempre disputaram as eleições para conselhos; a questão é que a esquerda acabou se distanciando de sua base. Ao perder espaço para outros cargos, o campo progressista percebeu a necessidade de olhar também para esses locais, mas não encontrou espaço vazio. Damares continua lá, segue disputando a base evangélica porque sabe o poder que ela tem e o quanto são decisivas nas eleições.

Há tempos temos reforçado a necessidade de não generalizarmos os evangélicos e de construirmos um diálogo efetivo com a base cristã, imersa nas tantas periferias de nossas cidades. A esquerda tem compreendido o problema ao excluir essa base do debate político. Nessas eleições, grupos evangélicos progressistas tem aderido à legendas de esquerda para fazer a disputa institucional; coletivos de cristãos e evangélicos, criados em reação à eleição de Jair Bolsonaro em 2018, lançaram dezenas de candidatos por partidos de esquerda e centro-esquerda no pleito deste ano.

Essa (re)aproximação terá alguns desafios. Uma matéria da BBC demonstra como a esquerda foi perdendo espaço para candidaturas mais conservadoras e de extrema direita, como João Dória e Bolsonaro, mesmo em bairros periféricos da cidade de São Paulo, historicamente hegemonizados pelo voto petista. Um morador do Itaim Paulista filiado ao Partidos dos Trabalhadores (PT) acredita que “o PT se afastou um pouco da população. Várias obras que o partido fez no bairro não ganharam o carimbo do PT, as pessoas não sabem que foi gente do partido que conseguiu essas melhorias. Mas tem outros fatores também, como a crise econômica e a influência das igrejas evangélicas. Há uma região que faz parte do Itaim, o Jardim Helena, que tem 50 igrejas evangélicas, a maioria bem pequena. A gente contou… E não é um bairro grande, não”.

Enquanto a esquerda corre atrás do tempo perdido, Bolsonaro segue em diálogo direto com sua principal base. No começo do mês, ele participou de um evento em São Paulo para comemorar os 86 anos do pastor José Wellington Bezerra da Costa, um dos principais líderes nacionais da Assembleia de Deus, igreja evangélica com maior número de fiéis no país.

 

Fundamentalismo

Diversos artigos e reportagens têm buscado um maior aprofundamento sobre o fenômeno do fundamentalismo. Na revista Carta Capital, Magali Cunha fala sobre seu novo livro ao abordar os diversos fundamentalismos na América Latina, com destaque para Brasil, Argentina, Colômbia e Peru. “As pautas fundamentalistas que unem lideranças e segmentos evangélicos e católicos são embasadas na moralidade sexual religiosa e na demonização e na inferiorização de indígenas e afrodescendentes. Elas servem ao sistema econômico neoliberal ao apregoarem a redução de políticas públicas (ação do Estado, portanto), relegando à “família” o cuidado com educação, saúde, trabalho, aposentadoria, e ao facilitarem as conquistas de terras de populações tradicionais pelo agronegócio e por mineradoras. Por isso a classificação “fundamentalismos político-religiosos”. São identificados como inimigos, movimentos sociais, sindicatos, partidos que buscam defender esses direitos e essas populações.”

No Intercept Brasil, Fabio Marton questiona o que leva os evangélicos fundamentalistas a usarem Jesus para justificar a brutalidade militar. Não é novidade a força que o antigo testamento tem nas igrejas neopentecostais, muitas vezes tendo como referência um Deus da guerra que castiga e que culpa. Mas e Jesus? “Pessoas distantes do pensamento fundamentalista costumam estranhar essa forma tão aparentemente violenta de cristianismo. Como pode o mesmo Jesus, que inaugurou a era do Deus do amor e do perdão, superando o Deus implacável do Velho Testamento, servir para justificar militarismo, armamentismo, brutalidade militar e policial, milícia?”. O fundamentalismo religioso tem raízes no protestantismo estadunidense nascido no pós-guerra civil, que corrobora com a necessidade de destruição do inimigo. Marton reflete sobre as aproximações desse protestantismo colonizador e o nosso catolicismo, que possibilitou criar um terreno para que o protestantismo da guerra se estabelecesse por aqui. Por fim, o autor diz aos cristãos progressista que “não será o ateu iconoclasta aqui a convencer fundamentalistas que não existe essa guerra. É preciso outro cristão para isso. Você está pronto para essa batalha?”. A partir disso, apontamos para outra reflexão: estamos nós, progressistas, prontos para essa batalha ou deixamos essa tarefa apenas para os cristãos?

Igrejas de perfil pentecostal tem parceria com milícias no Rio de Janeiro. Além de trabalhos sociais realizados por essas igrejas com apoio dessas organizações criminosas, há relatos de que estariam servindo para lavagem de dinheiro e para articulação política. “Tem-se notícia de que pastores chegam a abençoar as práticas milicianas, dizendo serem ‘sagradas’ e que ‘Deus, de tempos em tempos, manda um grupo de pessoas para limpar o mundo do mal’, relata a Nota Técnica “Controle Territorial Armado no Rio de Janeiro”, primeiro trabalho da Rede Fluminense de Pesquisas sobre Violência, Segurança e Direitos.

O Pastor da Igreja Batista da Água Branca, Ed René, faz uma pregação defendendo negros, mulheres e homossexuais e é amplamente difamado nas redes sociais por fundamentalistas religiosos que não aceitam a Bíblia como livro que deve ser interpretado a partir dos avanços da história.

 

Teologia do domínio

Em seu livro Se7E Montes, o apóstolo Fernando Guillen justifica o projeto de poder das igrejas evangélicas baseando-se no Antigo testamento. A intenção é que a igreja vá além de suas quatro paredes e construa o Reino de Deus ocupando os seguintes espaços mundanos: artes e entretenimento; mídia e comunicação; governo e política; economia e negócios; educação e ciência; família; e igreja e religião.

Esse projeto de poder segue em curso.

O professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Marco Eberlin, da Igreja Batista, abriu um evento científico com pregação criacionista e refuta a ciência.

Bolsonaro quer que escolas ligadas à igrejas recebam verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) – fundo destinado à promoção do financiamento da educação básica pública. Até o momento é vedado o uso dos recursos do Fundeb para escolas de ensino fundamental e médio que não sejam estaduais. Ao privilegiar instituições confessionais, Bolsonaro dá mais uma prova de como está inserido em um projeto que o distancia de um Estado efetivamente laico.

Em outra dessas notícias assustadoras, sobre até onde esse poder evangélico pode chegar para inserir suas pautas mais conservadoras, está a escolha da chefia da Defensoria Pública da União (DPU), que deverá ter o crivo da Associação de Juristas Evangélicos (Anajure), notoriamente conservadora. Isso significaria, por exemplo, um enorme retrocesso para a garantia do aborto legal para a população mais empobrecida e um risco para o já ameaçado Estado laico.

A candidata à prefeitura de São Paulo, Joice Hasselmann (PSL), inaugura a ala cristã – que deve reunir 17 pastores e lideres comunitários – e quer abrir escolas religiosas. Joice aposta no discurso conservador que vê na família a responsável pela criação dos filhos a partir de uma visão cristã.

 

Suprema Corte

Nos últimos dias de setembro, a Anajure escreveu uma carta com forte apoio à indicação do ministro e pastor presbiteriano, André Mendonça, ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, Bolsonaro anunciou o nome do desembargador católico Kassio Nunes, o que gerou protestos da ala mais à direita de seus apoiadores. A expectativa da indicação de alguém “terrivelmente evangélico” para o cargo frustrou parte desse apoio. O pastor assembleiano e forte apoiador de Bolsonaro, Silas Malafaia, ficou desapontado. “Desembargador nomeado por Dilma e tem amizade com a turma do PT. Tanto é que um dos mais ferrenhos inimigos do presidente, o presidente da OAB, elogiou Bolsonaro por escolher o cara. Precisa de mais alguma coisa?” comentou.

No meio da disputa, Kassio Marques intensificou seu périplo entre evangélicos para diminuir a resistência; o desembargador teve diversas conversas com pastores de igrejas e deputados da Frente Evangélica.

Por fim, no dia 22 de outubro, foi publicada a nomeação do novo ministro da Suprema Corte, com 57 votos favoráveis e 10 contrários no plenário do Senado.

 

Intolerância Religiosa

No mês que se completam 23 anos do famoso chute na imagem de Nossa Senhora Aparecida por Sérgio Von Helder, ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, foi registrado uma briga entre irmãos, em que um deles (evangélico) quebra a imagem da Santa no estabelecimento comercial do irmão.

Apesar do discurso da Cristofobia, continua a intolerância contra as religiões de matriz africana. Um pai evangélico tirou seu filho da guarda da mãe pelo fato dela pertencer ao candomblé. O pai afirmou que a criança tinha larvas na boca, fruto das ações religiosas ocorridas no terreiro; o fato foi desmentido pela dentista da criança.

 

Aborto

O Brasil se aliou aos EUA e à regimes ditatoriais em um compromisso denominado “Declaração de Genebra”. Trata-se de uma aliança inédita ultraconservadora pelo “direito à vida” (leia-se contra o direito ao aborto). Na verdade, o termo é o compromisso histórico contra a vida das mães, que terão maiores risco de morrerem por conta de uma aborto clandestino. Desconsiderando a jurisprudência internacional, a ministra Damares afirmou que “o texto da declaração ora assinada consagre a inexistência de um direito à interrupção voluntária da gravidez, como as vezes se afirma em determinados fóruns internacionais. Que se diga abertamente: nada, no direito internacional dos direitos humanos fundamenta esse hipotético direito de valer-se do aborto como opção do planejamento familiar”. Brasil e Haiti são os únicos países a assinarem o termo na América Latina.

Em outra notícia, Damares foi criticada por seus apoiadores ao comparar o aborto materno com o abandono paterno. Isso porque, para seus seguidores, tal interpretação da ministra representaria uma pauta feminista, já que consideram o aborto um assassinato. Porém, a infelicidade entre as comparações está no fato da interrupção da gravidez fazer parte do código penal, apesar de seu ato, mesmo em condições previstas pela lei, ser condenado do ponto de vista moral, ético e religioso. Por outro lado, não há políticas públicas sobre o abandono paterno e tampouco um debate profundo na sociedade que responsabilize quem abandonou. Evidentemente, são debates distintos em que questões morais e religiosas deveriam estar de fora. No entanto, são determinantes no peso que se dá a cada uma, evidenciando como o machismo é estrutural em nossa sociedade.

 

Trabalho de base

Este mês foi divulgado o trabalho “Povo de Deus: Quem são os evangélicos e por que eles importam”, do antropólogo Juliano Spyer. Em entrevista ao Estadão, Spyer diz que a classe média brasileira é “preconceituosa” e tem uma visão estereotipada e negativa dos evangélicos. Na análise do antropólogo, um Brasil de maioria evangélica não será necessariamente um país mais conservador, e acredita que as “igrejas evangélicas são estado de bem-estar social informal”.

Sobre esse assunto, o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social está realizando o Seminário “Trabalho de Base Neopentecostal”, provocando a discussão com as bases dos movimentos populares para compreensão e disputa de narrativas com a base evangélica.

 

Para não nos desesperarmos

Os evangélicos progressistas, que tentam construir uma contranarrativa aos absurdos que temos visto nas notícias e nas eleições, continuam ganhando força e visibilidade e, consequentemente, começaram a ser atacados. A Igreja Universal lançou uma ofensiva contra Bancada Evangélica Popular por ser de esquerda: “esse é um tipo de movimento que surge para tentar deturpar a Palavra de Deus. Há duas razões para justificar o fato de um cristão ser de esquerda: ou ele não entende o que é ser esquerda ou não sabe o que é ser cristão”, diz o manifesto divulgado nas mídias da igreja.

Seguimos em disputa!