Este texto faz parte do Concurso de Ensaios Tricontinental | Nada será como antes. Crédito: Dikó, Cacri Photos (Venezuela).

 

Por Evandro Cesar dos Reis

 

Eu já to com o pé… é em casa
Mas algum dia a gente se vê
E tu não acredita como vai ser
Braço feito bicho de asa
Sorriso como diamantes
A cada passo menos distantes
Até ficar todo abraçado
E caminhar lado a lado
Pensando que nada será como antes

E não há de ser como agora
Que há quem faça o que quer
Como se o outro fosse um qualquer
Chega a gente não se demora
A pensar que não tem hora
Pra tanto descabimento
Que um sujeito lazarento,
Contador de lorota
Parece que vem da catota
Do último pé-de-vento

Mas vamos falar de boniteza
O resto é assunto fuleiro
O futuro não tá no poleiro
Pode ter certeza
Que com muita clareza
Haveremos de ser como amantes
Forrozeiros dançantes
Até o dia clarear
E o sol esplendente chegar
Pra nos contar que nada será como antes