O que é o BRICS? O que ele se propõe e quais seus limites e potencialidades? Estas são apenas algumas perguntas que a mais nova cartilha lançada pelo escritório Brasil do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social em parceria com o Front – Instituto de Estudos Contemporâneos pretende refletir.

BRICS: Uma alternativa ao imperialismo? busca compreender o contexto geopolítico da formação do bloco – originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – a partir da dinâmica da geopolítica mundial das últimas décadas, trazendo a trajetória, as potencialidades e contradições deste projeto, com o objetivo de municiar movimentos e organizações populares para um debate central e estratégico para os próximos anos.

A cartilha não tem a pretensão de fazer proselitismo ou oposição, tampouco futurologias, como a de afirmar que a decadência da ordem imperialista norte-americana e a ascensão do BRICS traria um mundo sem imperialismo, mas não deixa de considerar a relevância desta experiência que, ainda que não afronte abertamente a velha ordem mundial, não seja portador de um projeto de transformação global e não coloque em xeque diretamente a hegemonia do capital financeiro e suas grandes corporações, não significa que ele não tenha um papel a cumprir para a luta anti-imperialista. Afinal, como aponta o documento, mesmo com suas fraquezas e contradições, é evidente que o fortalecimento do BRICS em perspectiva histórica desafia e enfraquece a atual ordem imperialista liderada pelas potências ocidentais. Ele tem a capacidade de se constituir na primeira grande alternativa ao domínio do Norte Global nos últimos dois séculos e propor uma nova forma de governança global e de reorganização da economia mundial. Mas se isso de fato ocorrerá, só o futuro dirá.

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