Com a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, fica claro que um novo tipo de loucura está se infiltrando no discurso político global, uma névoa venenosa que sufoca a razão. Essa névoa, que há muito tempo se acumula nas velhas e nefastas ideias de supremacia branca e superioridade ocidental, está obscurecendo nossas ideias sobre humanidade. O mal-estar geral que produz é uma profunda desconfiança e ódio à China, não apenas à sua liderança atual ou mesmo ao sistema político chinês, mas ódio a praticamente qualquer coisa que tenha a ver com a China.
A Educação Política para a Libertação na Guiné-Bissau entre 1963-1974
Este estudo explora como o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde construiu um novo sistema de ensino durante a luta pela libertação nacional.
A crise socioambiental em tempos de pandemia: discutindo um Green New Deal
Na era da Covid-19, quando ficou claro que a transformação do meio ambiente é central na disseminação de vírus e a geração de pandemias, ressurgem os debates em torno da relação entre agronegócio, desmatamento, crise climática e possibilidades de transformação. Nesse contexto, a proposta de um Green New Deal (ou Pacto Verde) ganha nova relevância.
A partir de uma análise do cenário mundial, este dossiê resgata o trabalho do comunista italiano Antonio Gramsci para as atuais trincheiras de luta, reforçando o papel central da Batalha de Ideias. Para isso, entrevistamos Neuri Rossetto, da coordenação nacional do MST, que discute as experiências sociais contemporâneas que bebem dessa fonte e que conseguem, na vida concreta, construir as sementes de esperança de um novo mundo.
Ventos de Fusang: arte, multipolaridade e relações China-América Latina
O Instituto Tricontinental de Pesquisa Social entrevistou o pintor Zheng Shengtian. Ventos de Fusang (2017) é um mural dele e de Sun Jingbo incluído no nosso dossiê n. 51, Olhando em direção à China. Zheng nos falou sobre o trabalho de sua vida, Ventos de Fusang, e sobre os intercâmbios culturais sino-latino-americanos que datam da década de 1950, impulsionados pela Conferência de Bandung. Esta entrevista traz reflexões sobre arte, multipolaridade, e as possibilidades trazidas pelo ressurgimento da China.
Nela Martínez Espinosa (1912 – 2004) Mulheres de luta, mulheres em luta
Nela Martínez Espinosa (1912-2004), militante popular equatoriana, foi uma figura central nas lutas da classe trabalhadora e das mulheres no Equador no século 20.
O Dossiê 53 discute a questão da terra na África do Sul, analisando para o papel dos fazendeiros brancos que há muito se beneficiam do trabalho de trabalhadores rurais negros explorados.
A partir de um relato histórico sobre a situação dos trabalhadores rurais, argumenta que aqueles que trabalham na terra são os que merecem ser seus principais beneficiários, mas, em vez disso, foram excluídos dos lucros e da estabilidade da posse da terra por gerações. Diante dessa realidade, o dossiê n. 53 discute como seria uma agenda de reforma agrária que centralizasse as perspectivas e necessidades dos trabalhadores rurais.
Em 2 de maio de 1942, centenas dos principais escritores, artistas e líderes comunistas da China se reuniram para discutir as principais questões culturais da época. O histórico Fórum Yan’an sobre Literatura e Arte durou três semanas. Por que dezenas de milhares de artistas e escritores viajaram para a remota cidade de Yan’an durante esses anos? Por que a cultura foi tão central para a construção política? Como os desenvolvimentos intelectuais ajudaram a levar o povo e a nação chineses à revolução? Oito décadas depois, que relevância tem o espírito Yan’an, especialmente para artistas, escritores e intelectuais que buscam servir às lutas do povo hoje?
A decadência do império estadunidense, a transição geopolítica em desenvolvimento e a conformação de um mundo multipolar abrem para a América Latina e Caribe uma série de possibilidades e novos debates acerca de quais são as margens de autonomia possíveis para um processo de desconexão que valorize as necessidades das maiorias populares da região e provoque uma transição para abandonar a condição de países capitalistas dependentes.
Após quase três décadas, os militares reascenderam à vida política brasileira com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência. Este dossiê analisa as FFAA no Brasil, sua relação com o imperialismo estadunidense e a militarização de setores nacionais, caracterizada por uma coesão ideológica conservadora e liberal, uma visão de um Estado à serviço dos interesses privados e uma forte visão anticomunista. Estes aspectos nos permitem compreender melhor o comportamento dos militares, que vieram à superfície da política para disputar abertamente os rumos da sociedade brasileira.
Camuflado por trás da linguagem de “direitos humanos” e “democracia”, os Estados Unidos se aliaram às oligarquias de direita da América Latina e do Caribe para isolar e prejudicar seus adversários na região. Para entender a atualidade do continente, recorremos a Héctor Béjar, um dos intelectuais mais proeminentes do Peru, que escreveu com grande paixão sobre a história de seu país, a esquerda e as possibilidades de mudança social em nosso tempo.
Sob a liderança da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social fez parceria com 26 institutos de pesquisa de todo o mundo para elaborar um Plano para Salvar o Planeta. Este documento vivo e em evolução apresenta uma visão para o presente e o futuro imediato centrada em doze temas-chave: democracia e ordem mundial, meio ambiente, finanças, saúde, habitação, alimentação, educação, trabalho, trabalho de cuidado, mulheres, cultura e o mundo digital.
A adoção dos projetos neorreacionários e de direitas alternativas do Norte aparecem na América Latina como ponta de lança para modificar os mapas cognitivos dos povos, para deslocar posições político-discursivas e agendas públicas para a direita. Este dossiê se dedica à análise das novidades das direitas na região: como operam, com que discursos, que base social mobilizam e quais são as continuidades e rupturas com a história das direitas no continente.
O fato das maiores corporações da atualidade serem do ramo da Tecnologia da Informação nos leva a uma preocupação permanente com o uso de dados para repressão, controle e vigilância. Este dossiê busca compreender as dinâmicas do capitalismo contemporâneo, as transformações tecnológicas e seus desdobramentos sociais a partir da luta de classe, debatendo o papel dos dados digitais e das empresas de tecnologia.
Apesar das restrições de suas condições socioeconômicas, as mulheres indianas encontraram sua voz coletiva para lutar por seus direitos. Um movimento vibrante de mulheres em várias partes da Índia tem lutado contra a apatia do Estado em relação às suas condições, obtendo grandes e pequenas vitórias na afirmação dos direitos constitucionais das mulheres como cidadãs e trabalhadoras.
Em 25 de fevereiro de 2021, o governo chinês anunciou que a pobreza extrema havia sido abolida na China, um país de 1,4 bilhão de pessoas. Essa vitória histórica é o culminar de um processo de sete décadas que começou com a Revolução Chinesa de 1949. Este estudo analisa o processo pelo qual a China foi capaz de erradicar a pobreza extrema como uma etapa fundamental na construção do socialismo.
“Reerguidos das ruínas”, a primeira edição da nova série de Estudos sobre a República Democrática Alemã (RDA), aborda a fundação da RDA após a Segunda Guerra e reconstrói seu desenvolvimento de um Estado democrático antifascista para um de natureza socialista. O estudo aborda a eficiência econômica da RDA, suas conquistas e contradições, enquanto destaca aspectos centrais de sua sociedade socialista como a organização coletiva em empresas estatais, a economia planejada e o internacionalismo.
Este estudo aborda a vida e o legado de Kanak Mukherjee, uma lutadora popular que nasceu em Bengala (Índia), em 1921. A rica trajetória de sua militância nos ensina sobre a história das mulheres que se dedicaram a lutas locais, nacionais e internacionais que fizeram conexão entre as lutas pelos direitos das mulheres às mobilizações anticapitalistas e anti-imperialistas por todo o século 20.
Em meio ao aumento exponencial do desemprego, da fome e da miséria no Sul Global, mulheres tentam lidar com uma nova realidade agravada pela pandemia.
Este estudo analisa a condição das trabalhadoras da linha de frente da saúde; o processo de pauperização e descaso em que foram imersas as trabalhadoras domésticas e informais; os despejos criminosos de famílias em todo o mundo; a crescente onda da violência doméstica; e ainda o incansável fardo do trabalho do cuidado gratuito em casa.
Ao final, apresentamos as demandas de mulheres e organizações feministas para a construção de um mundo mais justo, humano e igualitário.
O surgimento da pandemia do novo coronavírus exacerbou e elucidou o abismo entre Estados socialistas e capitalistas. Nos primeiros, a preocupação com as vidas humanas acima do lucro deu a linha para a ação estatal e civil, resultando em menores taxas de infecção e fatalidade, enquanto os Estados capitalistas negaram a gravidade do problema e permitiram que o setor privado lucrasse às custas da saúde pública. Neste estudo, examinamos Cuba, Vietnã, Venezuela e o estado indiano de Kerala para investigar como essas regiões socialistas do mundo conseguiram lidar com o vírus de maneira mais eficaz.
Em meio à pandemia de Covid-19, o governo dos Estados Unidos dedicou fartos recursos para aumentar o ataque contra seus adversários – principalmente contra a Venezuela – desde o aumento das sanções até uma invasão frustrada, passando pela ingerência em instituições internacionais como o FMI. Este estudo analisa profundamente a guerra híbrida liderada pelos EUA contra a Venezuela, desmascarando as falsas narrativas criadas para apoiar esse ataque.
Esse é o primeiro de uma série de estudos sobre o CoronaChoque, cada um com várias partes. Está composto de três artigos sobre como a China identificou o novo coronavírus e como o governo e a sociedade lutaram contra sua propagação, assim como uma entrevista com Li Zhong, um artista de Xangai.
Vivemos numa época em que trabalhadoras e trabalhadores enfrentam golpes esmagadores da política neoliberal e buscam resistir a estes impactos. As mulheres são as primeiras a sentir os efeitos da crise econômica, com a precarização do trabalho, aumento da informalidade e salários mais baixos.
Os Estados Unidos sediarão uma Cúpula das Américas de 8 a 10 de junho, na esperança de aprofundar sua hegemonia sobre as Américas. Cuba, Nicarágua e Venezuela não foram convidados. Vários países – incluindo Bolívia e México – disseram que não participarão da reunião a menos que todos os países das Américas estejam presentes. Enquanto isso, uma série de organizações progressistas realizará uma Cúpula dos Povos para combater a reunião liderada pelos EUA e amplificar as vozes de todos os povos da região.
Em homenagem ao 150º aniversário de nascimento da militante e intelectual soviética Alexandra Kollontai, em 31 de março de 1872, a União Internacional de Editoras de Esquerda publica Kollontai 150, um esforço de 25 editoras em mais de 20 idiomas diferentes.
Julian Assange, jornalista e co-fundador do WikiLeaks, ajudou a trazer à luz as torturas e atrocidades cometidas pelos Estados Unidos durante a chamada Guerra ao Terror. Agora, os Estados Unidos querem prender Assange por 175 anos por obter e publicar essas informações confidenciais. Alerta Vermelho n. 13 explica por que devemos nos opor a esse ataque ao jornalismo e lutar pela liberdade de Julian Assange.
Nós, uma rede de instituições de pesquisa que vem analisando de perto as crises de longo prazo derivadas da austeridade neoliberal, os regimes de dívida induzida e o mau desenvolvimento, produzimos um conjunto de políticas com o objetivo de estabelecer uma nova ordem mundial. Nosso plano, inspirado nos alinhamentos da Nova Ordem Econômica Internacional (NOEI) propõe uma visão para o presente e o futuro imediato centrada em doze temas chave: democracia e ordem mundial, meio ambiente, finanças, saúde, moradia, alimentação, educação, trabalho, assistência social, mulheres, cultura e mundo digital
Não há nada mais obsceno do que a existência da fome, a terrível infâmia de trabalhar duro, mas não ter meios para sobreviver. Enquanto 1 em cada 8 pessoas no mundo passam fome, um terço de todos os alimentos produzidos ou se perde durante o processamento e transporte ou são desperdiçados.
Este dossiê enfoca os Programas da Comunidade Negra, uma série de projetos iniciados em 1972 que serviram como a implementação prática da filosofia da Consciência Negra para dar às pessoas negras o poder de se tornarem autoconfiantes. Na prática, esses programas incluíam a criação de publicações e pesquisas, centros de saúde, fábricas para empregar os economicamente marginalizados e um fundo para atender às necessidades básicas de egressos do sistema penal, bem como doações para outros projetos.