A decadência do império estadunidense, a transição geopolítica em desenvolvimento e a conformação de um mundo multipolar abrem para a América Latina e Caribe uma série de possibilidades e novos debates acerca de quais são as margens de autonomia possíveis para um processo de desconexão que valorize as necessidades das maiorias populares da região e provoque uma transição para abandonar a condição de países capitalistas dependentes.
Após quase três décadas, os militares reascenderam à vida política brasileira com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência. Este dossiê analisa as FFAA no Brasil, sua relação com o imperialismo estadunidense e a militarização de setores nacionais, caracterizada por uma coesão ideológica conservadora e liberal, uma visão de um Estado à serviço dos interesses privados e uma forte visão anticomunista. Estes aspectos nos permitem compreender melhor o comportamento dos militares, que vieram à superfície da política para disputar abertamente os rumos da sociedade brasileira.
Camuflado por trás da linguagem de “direitos humanos” e “democracia”, os Estados Unidos se aliaram às oligarquias de direita da América Latina e do Caribe para isolar e prejudicar seus adversários na região. Para entender a atualidade do continente, recorremos a Héctor Béjar, um dos intelectuais mais proeminentes do Peru, que escreveu com grande paixão sobre a história de seu país, a esquerda e as possibilidades de mudança social em nosso tempo.
Sob a liderança da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social fez parceria com 26 institutos de pesquisa de todo o mundo para elaborar um Plano para Salvar o Planeta. Este documento vivo e em evolução apresenta uma visão para o presente e o futuro imediato centrada em doze temas-chave: democracia e ordem mundial, meio ambiente, finanças, saúde, habitação, alimentação, educação, trabalho, trabalho de cuidado, mulheres, cultura e o mundo digital.
A adoção dos projetos neorreacionários e de direitas alternativas do Norte aparecem na América Latina como ponta de lança para modificar os mapas cognitivos dos povos, para deslocar posições político-discursivas e agendas públicas para a direita. Este dossiê se dedica à análise das novidades das direitas na região: como operam, com que discursos, que base social mobilizam e quais são as continuidades e rupturas com a história das direitas no continente.
O fato das maiores corporações da atualidade serem do ramo da Tecnologia da Informação nos leva a uma preocupação permanente com o uso de dados para repressão, controle e vigilância. Este dossiê busca compreender as dinâmicas do capitalismo contemporâneo, as transformações tecnológicas e seus desdobramentos sociais a partir da luta de classe, debatendo o papel dos dados digitais e das empresas de tecnologia.
Apesar das restrições de suas condições socioeconômicas, as mulheres indianas encontraram sua voz coletiva para lutar por seus direitos. Um movimento vibrante de mulheres em várias partes da Índia tem lutado contra a apatia do Estado em relação às suas condições, obtendo grandes e pequenas vitórias na afirmação dos direitos constitucionais das mulheres como cidadãs e trabalhadoras.
Este dossiê enfoca os Programas da Comunidade Negra, uma série de projetos iniciados em 1972 que serviram como a implementação prática da filosofia da Consciência Negra para dar às pessoas negras o poder de se tornarem autoconfiantes. Na prática, esses programas incluíam a criação de publicações e pesquisas, centros de saúde, fábricas para empregar os economicamente marginalizados e um fundo para atender às necessidades básicas de egressos do sistema penal, bem como doações para outros projetos.
Este dossiê analisa os diferentes efeitos da pandemia sobre a educação brasileira desde a chegada da pandemia de Covid-19 no país, buscando compreender como se deu o avanço da lógica mercantil sobre este setor e como as grandes corporações se aproveitaram para tirar vantagens do contexto de crise. Neste sentido, o documento avalia a atuação das corporações privadas, as mudanças no modelo de educação, as consequências para os trabalhadores do setor e os desafios de um programa de luta.